segunda-feira, 2 de abril de 2012

O Curupira fala sobre o novo Cannibal Corpse: Torture.

Muitas vezes, a expressão “mais do mesmo” costuma representar algo insosso, sem novidade e, por isso, desinteressante. Mas depende. Se você tem o costume de só pegar mulheres deliciosamente atraentes (o mesmo vale para o sexo oposto), não vai enjoar de engordar a lista apenas com beldades da sacanagem. Se está mais acostumado a beber Brahma, como a maioria dos mineiros, não vai se incomodar se estiver em uma festa com 30 caixas da bendita. E assim acontece com o Cannibal Corpse. Torture não traz muita coisa nova, é apenas mais um PUTA disco lançado pelo quinteto americano. Muito bom que seja assim! A cada trabalho, Alex Webster, Paul Mazurkiewicz e cia mostram porque vêm se mantendo no topo do death metal, posto ocupado há mais de duas décadas. Demented Agression abre a sessão homicídios, estupros e demais crimes regados a muito sangue. Blast bea(s)ts furiosos, rápidos acordes e Corpsegrinder urrando como se a vida dele dependesse disso. E essa é a tônica de todo o disco, cada um fazendo a sua parte com extrema competência. Scourge of Iron apresenta um canibal mais lento, cadenciado. Encased in Concrete tem uma intro meio Captor of Sin, petardo muito bem escolhido para ter um vídeo e ser o carro chefe do disco. Isso só pra citar algumas músicas, o play todo é bem uniforme, se gostar de uma, provavelmente vai curtir todas. Rob Barret e Pat O´Brien cada vez mais solidificam-se como uma genuína dupla de death nas seis cordas, exorcizando o fantasma de Jack Owen que ainda ronda. Por falar em exorcismo, quem é Chris Barnes mesmo? Ah, sim, um dos três
maiores nomes no vocal da cena mundial de todos os tempos. Mas no Cannibal Corpse ele não faz falta. George Fisher mantem a alta dosagem de urros e há longa data virou referência no estilo, assim como seu brilhante antecessor. Mas, na opinião deste ser da floresta, o grande destaque no som do CC está na cozinha. E em Torture, Alex e Paul, novamente, seguram todo o peso da banda.Quem já viu os caras ao vivo sabe o monstro que Webster é no baixo, e o quanto o polonês-americano senta o cacete com as baquetas, situação repetida neste mais novo rebento. Se você espera algum tipo de “retorno às origens”, do tipo Tomb Of Mutilated ou Bleeding, pode desistir, o século é outro. Mas não desanime, o trampo pode ser classificado como uma sequência dos bons Kill e Evisceration Plague – um pouco mais rápido que este último.

O Curupira ouviu e gostou!

Nota do pé virado: 8 (10).


Escute Demented Agression do album Torture - Cannibal Corpse.

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